terça-feira, setembro 16, 2008

UM SONHO


Gelaram-me as mãos...
Eram de pedra!

As unhas enterradas
Pelos dedos,
Ficaram totalmente roxas...
Eram de vidro!

Meu corpo nu...
Era uma rocha dura,
Onde eu próprio me sentava.

Então...
Abri um livro,
Gelou também ao vento...
Enquanto que as folhas tiritando,
Se encostavam todas.
.
(Ruy de Portocarrero - Promessas e loucuras)

2 comentários:

Rocha de Sousa disse...

Apesar de uma linha que atravessa o
«campo» como um erro grosseiro, as formas evocativas de um real em me-
tamorfose ou a cristalizar-se, ren-
dado, forçado à metafísica dos ne-
gativos, entre azuis cinza e restos
bordados das nossas casas antigas ou perdidas, isso sim, é o próprio protoplasma a pousar no interior da
mente.
Ablahablaual
oncle João

naturalissima disse...

Tiomeu

estou de acordo com a sua opinião.
Podia de facto ter dado a volta a este erro. A "barra" quebra na realidade a estética e de certa forma o sentido do seu conteudo.

um grande khanimambo
até já
Dani