O que se vê é o que interessou ao fotógrafo no instante de segregar do real um novo trecho visível e significante. Um novo instante que nos permite sentir o «lugar onde estamos» (folhas desfocadas por perto), ofegantes, suspensos, es-preitando os vidros sujos, os vidros partidos de uma eventual água furtada. O que acaontece é essa dúvida e esse apelo, o ar se- co em volta das madeiras degrada- das. Foto belíssima que nos obriga a uma visitação ansiosa e de espan- to. Terá morrido ali alguém,na solidão e na velhice? É impossível não criar uma história com este tipo de documentos. Rocha de Sousa
Alguém que espreita por entre a folhagem e testemunha o ÚLTIMO SUSPIRO de uma estrutura outrora idependente, jovem, sólida. Alguém que observa o desmoronamento ou ausência duma «portugalidade» perdida em detrimento da tal «mundialização» que se prevê catastrófica.
Daniminha, este ÚLTIMO SUSPIRO possui uma poética nacionalista. A imagem transporta-me para o drama que se vive no nosso país. Porque uma casa assim, em ruínas, pode muito bem simbolizar uma nação degradada esperando pelo fim. Cujo povo desesperado e conformado, solta o derradeiro suspiro antes de sucumbir.
Como o tio João diz: «é impossível não criar uma história com este tipo de documentos». Ainda para mais quando a imagem possui um potencial trágico e comovente como o estado da nação.
A foto, acima de tudo é boa no que respeita ao grafismo e perspectiva visual. Muitas destas fotos nascem acidentalmente, no decurso de passeios informais(que tanto prazer nos dão, amormeu)e por vezes resultam melhor do que as registadas com um propósito específico.
3 comentários:
O que se vê é o que interessou ao fotógrafo no instante de segregar
do real um novo trecho visível e significante. Um novo instante que
nos permite sentir o «lugar onde
estamos» (folhas desfocadas por perto), ofegantes, suspensos, es-preitando os vidros sujos, os vidros partidos de uma eventual
água furtada. O que acaontece é essa dúvida e esse apelo, o ar se-
co em volta das madeiras degrada-
das. Foto belíssima que nos obriga
a uma visitação ansiosa e de espan-
to. Terá morrido ali alguém,na solidão e na velhice? É impossível
não criar uma história com este tipo de documentos.
Rocha de Sousa
Alguém que espreita por entre a folhagem e testemunha o ÚLTIMO SUSPIRO de uma estrutura outrora idependente, jovem, sólida. Alguém que observa o desmoronamento ou ausência duma «portugalidade» perdida em detrimento da tal «mundialização» que se prevê catastrófica.
Daniminha,
este ÚLTIMO SUSPIRO possui uma poética nacionalista. A imagem transporta-me para o drama que se vive no nosso país. Porque uma casa assim, em ruínas, pode muito bem simbolizar uma nação degradada esperando pelo fim. Cujo povo desesperado e conformado, solta o derradeiro suspiro antes de sucumbir.
Como o tio João diz: «é impossível não criar uma história com este tipo de documentos». Ainda para mais quando a imagem possui um potencial trágico e comovente como o estado da nação.
A foto, acima de tudo é boa no que respeita ao grafismo e perspectiva visual. Muitas destas fotos nascem acidentalmente, no decurso de passeios informais(que tanto prazer nos dão, amormeu)e por vezes resultam melhor do que as registadas com um propósito específico.
Gostei, Danishe!
Beijo-te, amando-te e admirando-te sempre,
Migsuspirandoporti
Raramente comento, mas vimos cá sempre visitar-te...As fotografias são lindas! Um regalo...
Bom fim de semana.
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