A ogiva cega, entaipada, como uma época que se esconde, e uma jane- la contemporânea, mesquinha e si- métrica, como acontece em muitos casos por falta de cultura sobre o patrimómio.E contudo, quem fez a janela posterior percebeu,pelo menos, que a simetria fazia parte da bincadeira. Rocha de Sousa
É visível o eufemismo através deste "CONTRASTES". Esta janelinha de feitura recente que aqui contrasta com este belíssimo apontamento de uma construção gótica assinala um dos inúmeros "contrastes" desta ordem que se vêm por aí. Um perfeito eufemismo para as leviandades ou crimes arquitetónicos de que o séc. XX foi autor. A parte positiva da história, é que actualmente já vai havendo quem saiba encontrar água fresca no poço seco de sensibilidade cultural que o nosso país foi um dia. E tu, Daniminha, mesmo sem forquilha lá arranjaste maneira de matar a nossa sede: um nobre pórtico manuelino que abraça uma insolente janelita. Á imagem do nosso país moderno: um Portugal inestético e sem rota que ainda é ligeiramente ornamentado e conduzido ao sabor dos feitos históricos de outrora.
( E quanto à janelita, vamos abri-la... se ela se abrir, talvez deixe passar alguma aragem fresca e auspiciosa para arejar o ano novo.)
2 comentários:
A ogiva cega, entaipada, como uma
época que se esconde, e uma jane-
la contemporânea, mesquinha e si-
métrica, como acontece em muitos
casos por falta de cultura sobre o patrimómio.E contudo, quem fez a janela posterior percebeu,pelo menos, que a simetria fazia parte
da bincadeira.
Rocha de Sousa
É visível o eufemismo através deste "CONTRASTES". Esta janelinha de feitura recente que aqui contrasta com este belíssimo apontamento de uma construção gótica assinala um dos inúmeros "contrastes" desta ordem que se vêm por aí. Um perfeito eufemismo para as leviandades ou crimes arquitetónicos de que o séc. XX foi autor.
A parte positiva da história, é que actualmente já vai havendo quem saiba encontrar água fresca no poço seco de sensibilidade cultural que o nosso país foi um dia. E tu, Daniminha, mesmo sem forquilha lá arranjaste maneira de matar a nossa sede: um nobre pórtico manuelino que abraça uma insolente janelita. Á imagem do nosso país moderno: um Portugal inestético e sem rota que ainda é ligeiramente ornamentado e conduzido ao sabor dos feitos históricos de outrora.
( E quanto à janelita, vamos abri-la... se ela se abrir, talvez deixe passar alguma aragem fresca e auspiciosa para arejar o ano novo.)
Parabéns pela foto de espírito Lusitano...
FELIZ 2009, meu amor!!!
Migteu
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