Daniela, escrevo aqui, no «Abismo do tempo», embora tenha visto e apreciado os ensaios minimalistas, cujo tipo de linguagem, embora não seja da minha orientação, se mostra habilmente encenadora, apropriada ao contexto do blog, e como que criando uma estética de amanhã, lisa e descon- certante. Claro que a minha sensibilidade liga-se mais à imagem do Abismo do Tempo. Estes espaços apertados, concentrados numa arquitectura elíptica e distanciada, são, logo à partida, significantes do tempo, não sei se do a bismo. Porque o ângulo da tomada de vista é con- trapicado, sugerindo uma ascensão pela abertura superior, após uma absurda escalada, como a vida, entre o quadrado dos altos muros. Textura, sujidade, sinais de musgo, sinalizam neste sentido o belo cenário claustrofóbico, aberto em cima. Estou mais aqui, mas tudo bem e muito profissional. TioJRS
Danishe, reparo já há algum tempo, que o teu trabalho tem vindo a desenvolver-se em algo diferente, caminhando no sentido duma realidade que diria externa. Tu exploras um Universo ambíguo-o Universo do surreal fascinante e infinito, talvez fruto de introspecções, e que vais convertendo em realidades tuas, próprias de quem está num processo de permanente evolução.
Nesta foto, Daniminha:saliento a subtileza da nuance azulada, como se duma pelicula se tratasse e que reveste este ambiente, provocando um efeito fantástico que em mim despoleta a sensação duma radiografia...é como se fosse permitido vermos a Exterioridade-Interna do mundo dito real.A claridade á superfície, vindo assim de picado parece querer iluminar uma saída, revelando um caminho que nos fará sair deste tenebroso local.Por sua vez, as marcas de desgaste na parede, assinalam uma vetustez rude e sombria, cujas sombras esboçam silhuetas demoníacas(como a curse tão bem refere) traduzindo a ideia dum calabouço medieval, pressupondo o cenário dantesco deste "ABISMO DO TEMPO" onde homens foram vítimas de torturas inimagináveis.É por conseguinte: uma fotografia com uma força ABISMAL, mas com o carácter de ESPERANÇA!
Daniminha, acredito que algumas destas maravilhas fotografadas por ti, irão reter a sua vitalidade com o passar do tempo.Sejam elas:expressionistas, minimalistas ou abstractas...porque, independentemente da sua conceptualidade, elas são intemporais onde a tua marca estará sempre presente.
Parabéns, Daniela Rocha... Amo-te cada dia mais um pouco.
Adoro estas fotos que tens postado, em tons frios... Tens razão, tenho andado muito nocturna. O teu trabalho está a evoluir visivelmente, desde que começaste o estamíné, há um aninho... Continua! Um beijão!
9 comentários:
Daniela,
escrevo aqui, no «Abismo do tempo»,
embora tenha visto e apreciado os ensaios minimalistas, cujo tipo de linguagem, embora não seja da minha
orientação, se mostra habilmente encenadora, apropriada ao contexto do blog, e como que criando uma estética de amanhã, lisa e descon-
certante.
Claro que a minha sensibilidade liga-se mais à imagem do Abismo do Tempo. Estes espaços apertados, concentrados numa arquitectura elíptica e distanciada, são, logo
à partida, significantes do tempo, não sei se do a bismo. Porque o ângulo da tomada de vista é con-
trapicado, sugerindo uma ascensão pela abertura superior, após uma
absurda escalada, como a vida, entre o quadrado dos altos muros.
Textura, sujidade, sinais de musgo,
sinalizam neste sentido o belo cenário claustrofóbico, aberto em cima.
Estou mais aqui, mas tudo bem e muito profissional.
TioJRS
gosto muito desta, amiga.
a mancha ao centro tem qq coisa de diabólica...parece-me um mafarrico ali na parede! :P
Danishe,
reparo já há algum tempo, que o teu trabalho tem vindo a desenvolver-se em algo diferente, caminhando no sentido duma realidade que diria externa. Tu exploras um Universo ambíguo-o Universo do surreal fascinante e infinito, talvez fruto de introspecções, e que vais convertendo em realidades tuas, próprias de quem está num processo de permanente evolução.
Nesta foto, Daniminha:saliento a subtileza da nuance azulada, como se duma pelicula se tratasse e que reveste este ambiente, provocando um efeito fantástico que em mim despoleta a sensação duma radiografia...é como se fosse permitido vermos a Exterioridade-Interna do mundo dito real.A claridade á superfície, vindo assim de picado parece querer iluminar uma saída, revelando um caminho que nos fará sair deste tenebroso local.Por sua vez, as marcas de desgaste na parede, assinalam uma vetustez rude e sombria, cujas sombras esboçam silhuetas demoníacas(como a curse tão bem refere) traduzindo a ideia dum calabouço medieval, pressupondo o cenário dantesco deste "ABISMO DO TEMPO" onde homens foram vítimas de torturas inimagináveis.É por conseguinte: uma fotografia com uma força ABISMAL, mas com o carácter de ESPERANÇA!
Daniminha,
acredito que algumas destas maravilhas fotografadas por ti, irão reter a sua vitalidade com o passar do tempo.Sejam elas:expressionistas, minimalistas ou abstractas...porque, independentemente da sua conceptualidade, elas são intemporais onde a tua marca estará sempre presente.
Parabéns, Daniela Rocha...
Amo-te cada dia mais um pouco.
Miguelteu
6ª feira fico de férias uau, volto em setembto, até lá não te esqueças de ser feliz! Bjhs
Também gostei muito. (Obrigada -SEMPRE - pelas palavras amáveis e pelas festinhas, claro!).
Miauuuuuu!
Um abismo, sem dúvida. Na degradada cor e textura. Na sensação de queda. Gostei muito. **
Adoro estas fotos que tens postado, em tons frios... Tens razão, tenho andado muito nocturna. O teu trabalho está a evoluir visivelmente, desde que começaste o estamíné, há um aninho... Continua! Um beijão!
Belíssima fotografia. Agradam-me os cinzas, a composição, o ambiente.
Enviar um comentário