sexta-feira, outubro 10, 2008

OLHAR SEM CÔR

2 comentários:

Miguel Baganha disse...

Daniela,
este " OLHAR SEM CÔR " revela uma poética um pouco diferente do habitual, assumindo metafóricamente uma insatisfação existencial - como num olhar inquieto e fóbico duma criança que receia algo doloroso - descolorindo a sua auto-confiança.

Porém, a angústia libertada por esta belíssima foto não altera em nada o seu aspecto estrutural.Muito pelo contrário, é através da libertação da tensão emocional que a composição sai mais beneficiada, harmonizado pelos tons de azul nostálgico que lhe conferiste. Levas o espectador ao confronto com a dor e inquietude, e inevitavelmente a participar directamente nesse estado de espírito. E julgo que este é o aspecto mais importante desta foto: a obra torna-se um palco, onde cada um se identifica, ao penetrar no seu profundo íntimo.

( Embora não tenhas directamente pretendido esta repercussão, estou certo de que concordarás comigo nalguns pontos, amormeu. )

Por enquanto, o tempo das obras que nos ofereces está suspenso, desde que se mantenha em sintonia com o campo poético/lírico de cada um de nós.

Parabéns pela magnífica imagem que resulta desse teu olhar lindo e único.

Amo-te maningue, Danishe...

Até já, ;-)

Miguelsóteu

Rocha de Sousa disse...

O Miguel diz que esta imagem inte-
gra o espectador entre o desconfor-
to do abandono, a decadência, e a
aubaiatente estrutura do objecto.
As palavras são minhas, mas parece-
me que essa dicotomia (afectiva) pode ser advogada.
Mas talvez haja demasiado efeito de
«Cartão» na imagem, sujidade fingi-
da, tempo sugerido, pintura hiper-
realista de um cenário teatral ou
cinematográfico.
RSousa