Dani, após uma atenção cuidada que dediquei a este tapete " VERDE NEGRO, reconheço ter-me precipitado na sua apreciação, minimizando o seu valor. Afinal,(e agora vejo isso) a luz não era insuficiente e sim adequada para o efeito pretendido. O véu cinza deslizando por debaixo dos detritos com o seu verde(NEGRO)escuro, são elementos necessários para criar uma atmosfera pesada ou ameaçadora, própria de qualquer pantanal putrefacto e abandonado.
Como sempre, a imagem poderá ser passível de multi-interpretações quanto à perspectiva individual. Na minha óptica, é uma imagem de intervenção: enviando uma mensagem de alerta para as indústrias que derramam livre e impunemente resíduos tóxicos (sem medir as consequências ecológicas quase sempre catastróficas) pelos rios e mares do globo.
Os novelos que derivam nesta água, -que se pressente fétida- são feitos de uma pasta verde, onde pequenos cristais reluzem.Talvez milhões de girinos(qui ça mutantes)espreitando uma hipótese para se tornarem uma nova espécie.
Em última análise: este plano, caso tivesse movimento, bem poderia ser um «travelling» digno de um filme de Tarkovsky.
Porque será que me apetece inverter esta fotobrafia (verde em baixo)? O exercício é penoso e não o faço: então o verde não será negro, o que se poderia deduzir em baixo, e o seu crescimento segundo a diagonal ascendente dá-lhe uma positividade que eu nºao classifico de negra.Em termos de vivência, na surdez da luz, no cinxento das bases, qual-quer verso seria soturno, chamaria Antero de Quental. RSOUSA
2 comentários:
Dani,
após uma atenção cuidada que dediquei a este tapete " VERDE NEGRO, reconheço ter-me precipitado na sua apreciação, minimizando o seu valor. Afinal,(e agora vejo isso) a luz não era insuficiente e sim adequada para o efeito pretendido. O véu cinza deslizando por debaixo dos detritos com o seu verde(NEGRO)escuro, são elementos necessários para criar uma atmosfera pesada ou ameaçadora, própria de qualquer pantanal putrefacto e abandonado.
Como sempre, a imagem poderá ser passível de multi-interpretações quanto à perspectiva individual. Na minha óptica, é uma imagem de intervenção: enviando uma mensagem de alerta para as indústrias que derramam livre e impunemente resíduos tóxicos (sem medir as consequências ecológicas quase sempre catastróficas) pelos rios e mares do globo.
Os novelos que derivam nesta água, -que se pressente fétida- são feitos de uma pasta verde, onde pequenos cristais reluzem.Talvez milhões de girinos(qui ça mutantes)espreitando uma hipótese para se tornarem uma nova espécie.
Em última análise: este plano, caso tivesse movimento, bem poderia ser um «travelling» digno de um filme de Tarkovsky.
P.S.A lembrar o Stalker.
Gostei, Daniminha.
Amo.te...
Miguel
Porque será que me apetece inverter
esta fotobrafia (verde em baixo)? O
exercício é penoso e não o faço: então o verde não será negro, o que
se poderia deduzir em baixo, e o seu crescimento segundo a diagonal ascendente dá-lhe uma positividade
que eu nºao classifico de negra.Em
termos de vivência, na surdez da luz, no cinxento das bases, qual-quer verso seria soturno, chamaria
Antero de Quental.
RSOUSA
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