Daniela, trouxeste-nos um belíssimo jogo de imagem-palavra: uma convocatória às fábulas, esse utópico e mágico Universo infantil ainda presente em muitos de nós. Neste contexto aparentemente assumido por ti, sensibilizas também o espectador para a actual realidade social: quebrada e desgastada.
Este paralelismo significante, deve-se ao modo hábil e sensível como tu pegas em elementos simples e recorrentes e os "modelas", aprofundando-os a um nível poético capaz de produzir cadeias inesgotáveis de conotações e significações. Relembro aqui, que já utilizaste os mais diversos e vulgares elementos: chaves, portas, fechaduras, passando por bicicletas, espelhos, indo até à mais banal das flores. Todos eles sempre foram fotografados para além da superfície visível. Dentro de um âmbito poético, a tua intuição e sensibilidade são fundamentais para a abordagem à infinidade de objectos que se cruzam no teu caminho e que inevitavelmente fruem de diferentes lógicas e regsitos.
Tal como na leitura de um poema, o ritmo com que fotografas( sei do que falo por já te ter visto em acção ), é vital para se obter este resultado: quando o lês, ele pede-te uma sintonização de cadências e afectos. Na fotografia, a leitura processa-se de modo idêntico, desde que sintonizada nos mais diversos campos. Sendo a nossa vivência a parte mais importante do mecanismo de contextualização.
Parabéns, Danishe, este " ESPELHO MEU, ESPELHO TEU " comprova que: " NINGUÉM TEM UM OLHAR MAIS BELO E SENSÍVEL QUE O TEU ".
1 comentário:
Daniela,
trouxeste-nos um belíssimo jogo de imagem-palavra: uma convocatória às fábulas, esse utópico e mágico Universo infantil ainda presente em muitos de nós. Neste contexto aparentemente assumido por ti, sensibilizas também o espectador para a actual realidade social: quebrada e desgastada.
Este paralelismo significante, deve-se ao modo hábil e sensível como tu pegas em elementos simples e recorrentes e os "modelas", aprofundando-os a um nível poético capaz de produzir cadeias inesgotáveis de conotações e significações. Relembro aqui, que já utilizaste os mais diversos e vulgares elementos: chaves, portas, fechaduras, passando por bicicletas, espelhos, indo até à mais banal das flores. Todos eles sempre foram fotografados para além da superfície visível. Dentro de um âmbito poético, a tua intuição e sensibilidade são fundamentais para a abordagem à infinidade de objectos que se cruzam no teu caminho e que inevitavelmente fruem de diferentes lógicas e regsitos.
Tal como na leitura de um poema, o ritmo com que fotografas( sei do que falo por já te ter visto em acção ), é vital para se obter este resultado: quando o lês, ele pede-te uma sintonização de cadências e afectos. Na fotografia, a leitura processa-se de modo idêntico, desde que sintonizada nos mais diversos campos. Sendo a nossa vivência a parte mais importante do mecanismo de contextualização.
Parabéns, Danishe, este " ESPELHO MEU, ESPELHO TEU " comprova que: " NINGUÉM TEM UM OLHAR MAIS BELO E SENSÍVEL QUE O TEU ".
Amo-te,
Miguel-espelhando-orgulho-de-She
Enviar um comentário