sábado, dezembro 06, 2008

INDISCRETA

2 comentários:

Rocha de Sousa disse...

Um título a citar um dos filmes mais louvados de Hitchkok, janela
também indiscreta. Neste caso, o fotógrafo que olhou pela objectiva
e se deixou fascinar com as gre- lhas inusitadas de uma outra
abertura para o espaço, sentiu que o seu papel não era de «voyeur»,so-
bretudo perante duas janelas fecha-
chadas do outro lado da rua. O que
ele prefere, enfim, são os arcos ogivais que lhe criam, perto de si,uma gemetria belíssima, anuncia-
dora de alguma vida àquem dela.
Boa fotografia, com carácter de
pesquisa no real e na memória
RSousa

Miguel Baganha disse...

Dani,
os fotógrafos actuais, vêem-se presos aos avanços tecnológicos e estéticos, experimentando uma série de recursos, suportes e mecanismos que têm contribuído para alterar o conceito clássico de fotografia. Não sou(de todo) contra esses processos artificiais, contudo é-me gratificante ver que tu sabes subtrair dessa tecnologia o que é positivo, sem abdicar dos moldes originais.

A tua fotografia tanto pode ser "tratada", como feita de acordo com os registos mais tradicionais e intimistas. Tal como acontece aqui, nesta peça " INDISCRETA", um olhar fugaz, perdido, que é entretanto recuperado para a fotografia sem recursos a mecanismos de grande vulto. É uma foto que vale por si própria, diluindo a influência cinematográfica do título na poesia nostálgica da imagem.
Parabéns, meu amor, conseguiste ver uma boa foto por uma nesga.

Um peixinho... dos nossos,

MigteuamandoteIndiscretamente