Danishe, para além desta foto ser rica no seu grafismo pictórico é também dotada duma riqueza simbólica: UMA TORNEIRA- representando aqui(sob a minha perspectiva)o CONTENTOR SÓCIO-POLÍTICO, cujo conteúdo é doseado individualmente, de acordo com os critérios idealísticos de cada um.É pois, esta torneira que vai vertendo felicidade a CONTA-GOTAS, e jorrando tristezas, infortunios e injustiças que INUNDAM diariamente o planeta.Enfim, uma Torneira destas não pode de forma alguma, continuar a saciar a "sede" de uns, enquanto a maioria vive com uma secura constante em suas bocas.
Na sua parte técnica, realço a forma como fizeste o enquadramento da torneira, ao centro e presa a uma parede com vestígios de deficiencias anteriores(como que estancando outras rupturas internas.Essa parede que, por sua vez é ladeada por um espaço azulado onde manchas esbranquiçadas e bolorentas povoam a area, conferindo-lhe um carácter doentio, prevendo-se a iminicência de futuros vazamentos. Tambem poderia traduzir esta foto, dando-lhe uma conotação religiosa: A TORNEIRA, assumindo o papel de Deus, que se abre e derrama aleatóriamente a sua justiça sobre um mundo azul, manchado de bolor. Bom, mas isto seria derivar numa utopia...e ambos sabemos, amormeu: que ELA só deve EXISTIR num estado de CONTENÇÃO.
Sem contenções, deixo-te um peixinho...dos nossos...
Continuo em recuperação da cirurgia que sofri, mas mais calma agora que regressei a casa após ter estado 2 semanas ausente. Ainda me encontro um pouco atordoada, mas aos poucos vou regressando, hoje ao retornar ainda me fogem as palavras… por isso desejo apenas um bom fim de semana ••. ¸.♥ Beijos ♥ ¸.• ♥≈Nღdir≈♥
Daniela, Não chegámos a falar da torneira («contenção»), o que de resto pa- rece perdurar mais aqui. De uma forma geral, na sua simetria seca, contrariada pelo envelheci- mento da textura cirundante, a for- ma desta imagem é, a par de resso- nâncias poéticas, avisadamente in- temporal. O efeito de absorção do objecto temático (a torneira) des- faz-se em grande medida pelo cerco dos leprosos em volta. É como aque- les cantores (dotados) cuja voz é afogada pela excessiva sonoridade da orquesta. A parede deveria ter sido quase alisada, ainda que com fracturas, para que a essência do significado principal não fosse absorvida pelo contexto. Também arrisco a dizer que o título peca por excessiva obviedade, sem cola- gem aos subtemas do tempo, da morte entre desertos. Apetece subverter o «aviso camarário» com um qualquer «Horário da Sede». Parabém Rocha de Sousa
6 comentários:
AH!!!! ADORO!!!!!!!! linda, linda linda!!!! que bela surpresa para começar a semana!! :D
uma beijoca grande , amiga!!!
Danishe,
para além desta foto ser rica no seu grafismo pictórico é também dotada duma riqueza simbólica: UMA TORNEIRA- representando aqui(sob a minha perspectiva)o CONTENTOR SÓCIO-POLÍTICO, cujo conteúdo é doseado individualmente, de acordo com os critérios idealísticos de cada um.É pois, esta torneira que vai vertendo felicidade a CONTA-GOTAS, e jorrando tristezas, infortunios e injustiças que INUNDAM diariamente o planeta.Enfim, uma Torneira destas não pode de forma alguma, continuar a saciar a "sede" de uns, enquanto a maioria vive com uma secura constante em suas bocas.
Na sua parte técnica, realço a forma como fizeste o enquadramento da torneira, ao centro e presa a uma parede com vestígios de deficiencias anteriores(como que estancando outras rupturas internas.Essa parede que, por sua vez é ladeada por um espaço azulado onde manchas esbranquiçadas e bolorentas povoam a area, conferindo-lhe um carácter doentio, prevendo-se a iminicência de futuros vazamentos.
Tambem poderia traduzir esta foto, dando-lhe uma conotação religiosa: A TORNEIRA, assumindo o papel de Deus, que se abre e derrama aleatóriamente a sua justiça sobre um mundo azul, manchado de bolor.
Bom, mas isto seria derivar numa utopia...e ambos sabemos, amormeu: que ELA só deve EXISTIR num estado de CONTENÇÃO.
Sem contenções, deixo-te um peixinho...dos nossos...
Amo-te,
Migueljorrandosaudades ;-)
Lindíssima :) Obrigada.
Continuo em recuperação da cirurgia que sofri, mas mais calma agora que regressei a casa após ter estado 2 semanas ausente.
Ainda me encontro um pouco atordoada, mas aos poucos vou regressando, hoje ao retornar ainda me fogem as palavras… por isso desejo apenas um bom fim de semana
••. ¸.♥ Beijos ♥ ¸.• ♥≈Nღdir≈♥
Daniela,
Não chegámos a falar da torneira («contenção»), o que de resto pa-
rece perdurar mais aqui.
De uma forma geral, na sua simetria
seca, contrariada pelo envelheci-
mento da textura cirundante, a for-
ma desta imagem é, a par de resso-
nâncias poéticas, avisadamente in-
temporal. O efeito de absorção do
objecto temático (a torneira) des-
faz-se em grande medida pelo cerco
dos leprosos em volta. É como aque-
les cantores (dotados) cuja voz é afogada pela excessiva sonoridade
da orquesta. A parede deveria ter sido quase alisada, ainda que com
fracturas, para que a essência do
significado principal não fosse absorvida pelo contexto. Também arrisco a dizer que o título peca por excessiva obviedade, sem cola-
gem aos subtemas do tempo, da morte
entre desertos. Apetece subverter o «aviso camarário» com um qualquer
«Horário da Sede».
Parabém
Rocha de Sousa
inemporal,
Rocha de Sousa diz ERRATA:
palavra circundante.
Título lembrado:
«A HORA DA SEDE»
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