terça-feira, julho 22, 2008

VIGÍLIA PERMANENTE

1 comentário:

Rocha de Sousa disse...

Era numa construção assim, vigia do maior paiol militar de Lisboa
que eu fiz, por diversas vezes, de
sentinela, em quartos de quatro horas, noite dentro. Era no forte do Carascal e bastaria um incidente
de fogo para o rebentamento daquela
guarda «nuclear» arrasar meia Lisboa Norte.
Ao olhar agora para a guarita de vigília permanente, como era a nossa, em roda de nomeações, penso
na beleza soalheira da imagem, na
verdade primaveril da sua disponi-
bilidade a fim de guardar sozinha as flores e o sol.
Nós já não precisamos de guaritas
para vigiar os outros e os nossos bens, contra uma posível catástro-
fe. A catástrofe vive dentro de nós
enquant os pásasaros por aquele lugar onde tantos pensamentos individuais se enrolaram noites nteiras. Quatro horas mais quatro e assim por diante.
A guarita tornou-se ornamental,
direita e galharda no vértice estratégico.
tio