quinta-feira, fevereiro 08, 2007

A ÀRVORE E O TEMPO


8 comentários:

Miguel Baganha disse...

Fiquei duplamente atónito com estas fotos de grande qualidade estética, onde o óbvio e o obtuso se misturam harmoniosamente.
O posicionamento da câmera que fotografa de baixo para cima, confere á árvore um aspecto de superioridade, possibilitando ao contemplado observador uma leitura diferente, aproximando-se do surreal.

Sinto sempre as tuas fotos como se de uma pintura ou desenho se tratasse, Dani...diria mesmo que fotografas:DESENHANDO OU PINTANDO ATRAVÉS DA CÂMERA!
PARABÉNS MINHA FOTÓGRAFA DO SÉC.XXI!!!

Dum ponto de vista mais obtuso ou lírico se preferires: sinto que os ramos da árvore tocam suavemente a vetustez da pedra, como se acariciassem o tempo, ou a antiguidade dum muro já gasto pelas intempéries: numa simbologia de respeito, ternura ou veneração.

" A ÁRVORE E O TEMPO "- O título nunca é o mais importante, mas neste caso particular assume também ele, um papel preponderante, ajustando-se como uma luva neste magnífico trabalho de luz e sombra.

Uma nota para quem ignora:
A palavra FOTOGRAFIA, deriva do Grego "FÓS" (LUZ)e "GRAFIS" (ESTILO, PINCEL), ou "GRAFÊ", que significa "desenhar com luz.

( Espero que continues "desenhando com luz" a minha vida, Danishe...um peixinho...dos nossos! )

Até logo, meu amorúnico...

NAKURANDZA YINTAMO!

Miguel

Rocha de Sousa disse...

O ângulo que o nosso olhar estabelece perante a realidade
e a nossa postura,
modifica o valor da percepção,
em sinais de grandeza e a
prundidade do abismo.

Rocha de Sousa disse...

A arte aproxima-se do real e supera-o através de registos expressivos, metamorfose das coisas
banalmente presentes à nossa passagem, quotidianos cada vez menos empolgados, segundo o irreversível afundamento da vida.
Este é um dos principais aspectos destas fotografias,o banal feito fantástico, o funcional revisto na luz e na sombra das metáforas monumentais. A obra arrogante do homem, num contra luz de todas as possibilidades, e a falsa pequenez da árvore mostrando-se invasora do campo, desafiando, com na Guerra dos Mundos, a imensidade mortal dos arcos, pontes ou pontos da nossa sobrevivência, duas criações em confronto, a do homem e a da natureza.
A capacidade de pesquisa, o entendimento significante do «contre-plongé», a sabedoria do efeito Ee da própria metáfora da luz), a par da geometria subjacente e da certeza de quanto ela parece perene na sua transitoriedade, fazem destas duas peças uma soberba prestação artística, algo que se prestaria a um ensaio sobre o poder da imagem e o poder do homem, entre a terrorialidade e o tempo.
Lá está o cinema por trás das grandes e raiadas coisas, um Welles
das batalhas sombrias, um Kazan do grito na escuridão, Dreier na sua grave e lenta encenação a preto e branco. São estes encontros com a beleza que tornam a morte injusta.
Rocha de Sousa

jawaa disse...

Que beleza de imagens!
Bjinho

Bernardo Kolbl disse...

Tens aqui postes de um bom gosto extremo. Bom fim de semana.

Anónimo disse...

é ao mesmo tempo a beleza e a tristeza desta estação magnífica que é o inverno =)
belas fotos como sempre!

Delfim Peixoto disse...

senti e gostei
jnhs

jawaa disse...

Daniela, obrigada pelas palavras deixadas na visita ao meu cantinho, agradeço que voltes, porque deixei por lá uma mensagem para ti.
Bjinho