Equivalência de quê em relação a quê? As imagens são diferentes e a duplicação delas é um artifício, na diferença. O que se equivale na duplicação da imagem é a jane- linha em fresta.Em todo caso, tor- nando as duas imagens num único «símbolo» das duas imagens, podemos inventar um prisioneiro atrás do do muro e da fresta.Prisioneiro na «solitária», o homem sim,é equiva- lente a si mesmo, é um duplo na unidade biológica que lhe dá vida durante algum tempo. Fui tio
A consciência que temos de EQUIVALÊNCIA, é mais um dos conceitos onde a relatividade é enorme, bem como em todos os outros que procuramos perceber diariamente dentro da realidade subjectiva e distinta de cada ser-humano.
Daniminha, na impossibilidade duma verdade idiscutível e permanente, (a capacidade e necessidade imaginativas do Homem não permitem que ela seja possível) deixo a minha perspectiva globalizante sobre esta peça. Penso ter uma perspectiva DISTINTA da tua CONCEPTUALIDADE, porém acredito ser EQUVALENTE NA SUA VERDADE INDIVIDUAL.
Não é errado encontrar imagens ou símbolos que sirvam para exprimir os diferentes estados sensoriais do Homem. Também não é errado tentar encontrar interpretações ou fazer análises, ou conjecturas equivalentes ao que o nosso sistema emocional é capaz de equacionar nos variadíssimos estados.
Aqui também, EXISTE uma EQUIVALÊNCIA - mas neste caso - RE-PARTINDO - a razão legítima que assiste ambos os casos: CRIAÇÃO/CRÍTICA.
As duas fotografias até podem não EQUIVALER na sua estética visual de REALIDADE APARENTE, mas será que devemos ser tão LIMITADOS reduzindo o seu conteúdo a uma só leitura?baseda numa idéia prévia sobre estruturas figurativas e neo-figurativas, tendo a nossa VERDADE como uma VERDADE TOTALIZADORA, IRREFUTÁVEL?- Acho que não!
Para mim, neste caso específico, os pontos de distanciação do real para o irreal são praticamente nulos, porque as fotos permanecem suspensas num limbo muito pessoal, ilustrando o teu UNIVERSO. Elas EQUIVALEM-SE essencialmente pela particular interpretação poética que tu lhes conferiste. O poema que escolheste, Daniela; além de belo no seu lirismo existencial, faz um óptimo raccord adequado á linguagem plástica e Universal da Arte. Substituir o COMUM PELO ORIGINAL- aliás, como é bem exemplificado na primeira estrofe: " Ás vezes Substituo os meus olhos Por tudo o quanto vejo, Como se quisesse procurar Aquilo que a mim Pudesse equivaler. "
Isto expressa com grande simplicidade, mas simultâneamente com uma profunda clareza que o Homem actual tem necessidade de SUBSTITUIR - "Os olhos" - o mero conceito FIGURATIVO/CONVENCIONAL por um mais METAFÍSICO/ESPIRITUAL procurando encontrar o -EQUIVALENTE á SUA EXISTÊNCIA- uma existência que se pretende cada vez mais IGUAL a SI PRÓPRIA e menos baseada no QUOTIDIANO, VULGAR, REPETITIVO E CASTRADOR. E só aí, fora de uma contextualização de ecos convencionais, nesse intervalo límbico, SEM IMAGEM, SEM COR E SEM VOLUME, entre o ESPAÇO VAZIO que FORMA CADA COISA...Somente aí, eu consigo a TUA IMAGEM. A EQUIVALÊNCIA DE MIM.
Fico Miguelteu
P.S.O Homem equivale a si mesmo...está certo. Mas um artista jamais deve equivaler-se a uma realidade sociológica que envolve e determina a criação artística baseada num só conteúdo vivencial.
O contraste entre o preto e branco é notável,realça a sua relevância, com mensagens abertas á imaginação de quem as comtempla. Resto de uma boa semana Bjs Zita
4 comentários:
Equivalência de quê em relação a quê? As imagens são diferentes e a
duplicação delas é um artifício,
na diferença. O que se equivale
na duplicação da imagem é a jane-
linha em fresta.Em todo caso, tor-
nando as duas imagens num único
«símbolo» das duas imagens, podemos
inventar um prisioneiro atrás do
do muro e da fresta.Prisioneiro na
«solitária», o homem sim,é equiva-
lente a si mesmo, é um duplo na
unidade biológica que lhe dá vida
durante algum tempo.
Fui
tio
Preto e branco extremamente equilibrado. Consegue-se sentir a textura.
Gosto da conjugação com o poema.**
A consciência que temos de EQUIVALÊNCIA, é mais um dos conceitos onde a relatividade é enorme, bem como em todos os outros que procuramos perceber diariamente dentro da realidade subjectiva e distinta de cada ser-humano.
Daniminha,
na impossibilidade duma verdade idiscutível e permanente, (a capacidade e necessidade imaginativas do Homem não permitem que ela seja possível) deixo a minha perspectiva globalizante sobre esta peça. Penso ter uma perspectiva DISTINTA da tua CONCEPTUALIDADE, porém acredito ser EQUVALENTE NA SUA VERDADE INDIVIDUAL.
Não é errado encontrar imagens ou símbolos que sirvam para exprimir os diferentes estados sensoriais do Homem. Também não é errado tentar encontrar interpretações ou fazer análises, ou conjecturas equivalentes ao que o nosso sistema emocional é capaz de equacionar nos variadíssimos estados.
Aqui também,
EXISTE uma EQUIVALÊNCIA - mas neste caso - RE-PARTINDO - a razão legítima que assiste ambos os casos: CRIAÇÃO/CRÍTICA.
As duas fotografias até podem não EQUIVALER na sua estética visual de REALIDADE APARENTE, mas será que devemos ser tão LIMITADOS reduzindo o seu conteúdo a uma só leitura?baseda numa idéia prévia sobre estruturas figurativas e neo-figurativas, tendo a nossa VERDADE como uma VERDADE TOTALIZADORA, IRREFUTÁVEL?- Acho que não!
Para mim, neste caso específico, os pontos de distanciação do real para o irreal são praticamente nulos, porque as fotos permanecem suspensas num limbo muito pessoal, ilustrando o teu UNIVERSO. Elas EQUIVALEM-SE essencialmente pela particular interpretação poética que tu lhes conferiste.
O poema que escolheste, Daniela; além de belo no seu lirismo existencial, faz um óptimo raccord adequado á linguagem plástica e Universal da Arte. Substituir o COMUM PELO ORIGINAL- aliás, como é bem exemplificado na primeira estrofe:
" Ás vezes
Substituo os meus olhos
Por tudo o quanto vejo,
Como se quisesse procurar
Aquilo que a mim
Pudesse equivaler. "
Isto expressa com grande simplicidade, mas simultâneamente com uma profunda clareza que o Homem actual tem necessidade de SUBSTITUIR - "Os olhos" - o mero conceito FIGURATIVO/CONVENCIONAL por um mais METAFÍSICO/ESPIRITUAL procurando encontrar o -EQUIVALENTE á SUA EXISTÊNCIA- uma existência que se pretende cada vez mais IGUAL a SI PRÓPRIA e menos baseada no QUOTIDIANO, VULGAR, REPETITIVO E CASTRADOR.
E só aí, fora de uma contextualização de ecos convencionais, nesse intervalo límbico, SEM IMAGEM, SEM COR E SEM VOLUME, entre o ESPAÇO VAZIO que FORMA CADA COISA...Somente aí, eu consigo a TUA IMAGEM.
A EQUIVALÊNCIA DE MIM.
Fico
Miguelteu
P.S.O Homem equivale a si mesmo...está certo.
Mas um artista jamais deve equivaler-se a uma realidade sociológica que envolve e determina a criação artística baseada num só conteúdo vivencial.
O contraste entre o preto e branco é notável,realça a sua relevância, com mensagens abertas á imaginação de quem as comtempla.
Resto de uma boa semana
Bjs Zita
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